quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

. : O Fogo está na pele.:

Arrancada do coração... sempre ficas na penumbra á noite,encostado à parede
sentes uma força a penetrar-te,nas mãos um numero espalhar-te
pela carne. Afastas os moveis,lança-los contra o soalho de estrelas
Que te saem dos bolsos,o mar de novo a revoltar-se!.em braçadas de espuma
afastas as crinas da tarde:esforças-te po persuadir a noite a largar-te os dedos.

Refugias-te no mar,mudas de rumo, pelas veias acima abres-se-te a pele, contorces-te
ao ritmo das ondas;as águas perderam-se no teu corpo,e penetraram por fim no teu coração,
numa trovoada ensanguentada,o mar desgrenhado e lento diz-te porque foges.
Afogadas nas altas marés,em noites de insónias,existem paixões;na penumbra as esmagadas sombras
do trovão, pões-te a rever as ondas que te rebentam nas mãos,alarmado pelos lastros da insónia
passando a fio os dedos pelas paredes:

Sem comentários:

Enviar um comentário