sábado, 22 de dezembro de 2012

Sei-te de cor:


Sábado, 22 de Dezembro de 2012


Sei-te de cor:

Sei de cor as palavras
que lavraste
nos sulcos do rosto no
tempo
sei-te de cor quando passas
a língua no fio da navalha

com que esfaqueias a noite
na tua voz rouca
cantado o fado vadio no beco
da saudade

sei-te de cor quando me tacteiam
as tuas mãos à procura de mim
sei-te de cor,quando bates à minha
porta

quando te toca o salitre da saudade
sei-te de cor nas palavras que me
vais dizer quando te abro a porta
de mim

por ukymarques:
im..google:
23/12/2012:

domingo, 16 de dezembro de 2012

Universo eu sou:

Universo eu sou:

sou uma parte
ínfima do pó
cósmico
que me habita

condenada estou
a que me torne pó
cinza até que exausta
me finde

quero viver até aos
limites
da vida sem cercas que
me prendam quero viver
livre

a vida que me calhou
na tombola gigante que
roda sem parar e o destino
me traçou

quero sentir que sou alguém
não quero que passeiam mudos
os meus sentidos
nem os meus olhos chorem

por ukymarques:
im...google:
16/12/2012:



sábado, 15 de dezembro de 2012

Pedras soltas no meu caminho.

Tempere as emoções com uma pitada de sorriso
uma pitada de alegria uma pitada de saudade
misture tudo dentro d"uma palavra chamada
harmonia vista o passado de nostalgia viva
 no presente com alegria

alegre vou pela vida sem voltar para trás
mais alem quero entrar
no momento me invento me ergo e reconstruo
sou partículas de todo o universo do que foi e do
que há-de ser

a cada instante vivo momentos que são fragmentos
dos muitos eus que sou,procuro-me ainda não me
encontrei sinuoso caminho asfalto irregular,por onde
tenho que passar pedras soltas no meu caminho que
 me fazem tropeçar sombras que deslizam pelo meu
caminhar

pensamentos que se avolumam nas montanhas altas
do meu pensar ondas enroladas do meu navegar,
lágrimas salgadas do meu penar
hei-de inventar um mundo novo,com alegria quero    


acreditar,neste imenso Portugal

im..uky:
 por ukymarques:
2012:

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

moldei este poema numa obra em verso
neste abraço que te dou,moldei a minha 
entrega
 cinzelei a esperança numa onda grande de
 espuma
que murmura muito em segredo à um tempo
 a descoberto
chovem bátegas de silabas nas paginas brancas
do livro escrito  no vento,
voam palavras num esgar do sentimento
anda o amor apregoar coração dorido,nas revistas
 expostas nas bancas
chora saudade o talento  proscrito,sorrindo viçosa
a menina da janela
 que ata as tranças com fita amarela
 casas a florir jardins a sorrir numa quadra dimproviso
 como uma gaivota voando gaguejava a poésia 
trocou o leite pelo vinho e foi beber um branquinho
num sorriso coçado de desalento de bocejos amarelos
tombolas falsas
e o céu não é azul carrossel partido nas feiras da vaidade

 Pu-uky marqes.
im.. uky: marques
9/11/2011:

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


udo é silencio:

tudo é silencio
,a luz da madrugada
cala-se no quarto 
pálida e sombria
junto da cama vazia
rasgados espalhados
pelo chão,
estão pedaços de ilusões
em frágeis laços de seda
estão atadas
 lágrimas de saudade,
 dum mar imenso,no serenar
da tarde
 num murmurar triste dum búzio
 quebra-se todo o feitiço
no sonho de quimeras ardentes
em serpentinas de mil cores
esvoaçam
 ao vento na luz da lua branca
que se deita na cama vazia,
onde a luz da madrugada 
se cala pálida, e e sombria
 junto da cama vazia
em cicatrizes de rendas 
em lençóis de silencio

pu uky.marques:
im..google:
29/1/2012:

Olhei teu rosto triste!


Olhei o teu rosto triste:

olhei o teu rosto
 triste
uma lágrima
escoria-te 
pela face
 sulcada
de amargura

naquele
 momento
apetecia-me
tocar-te a face
 limpar-te
a lágrima que 
corria
silenciosamente

 calada na dor
do teu sofrer
ali fiquei parada
a olhar-te em 
silêncio

se eu pudesse
perguntava-te
porque sofres?
apetecia-me 
segurar-te as
mãos
beijar-te os 
lábios 
e oferecer-te o
 meu amor

pu.ukymarques:
im..google:2012

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

o silencio fala quando 
as palavras
estão trancadas na garganta
o silencio cala as palavras
para o vento não as levar
para longe
o silencio cala as palavras
para as não gastar
para ficarem arrumadas
numa gaveta
para não se inventarem
mais palavras
o silencio fala quando os gestos
perdem a razão
o silencio também fala quando as
palavras não sabem dizer nada
quando as letras que formam a palavra
silencio
ficam sem cor,o silencio fica desmaiado
a cair para o lado
eu falo no silencio que me cala, o meu silencio
fala quando não posso dizer nada

uky.marques:
29/11/2012:
foto uky: